sexta-feira, 11 de maio de 2012

Eu amo meu vinho!

Etienne Hugel na World Wine Experience
E tem que amar mesmo afinal, esses vinhos são incríveis!

Tive a oportunidade de conhecer o produtor Etienne Hugel, da Hugel & Fils, no evento da World Wine já comentado aqui.

Além de muito simpático, Etienne declarou amor aos seus vinhos enquanto eu o fotografava. Também pudera, uma história que remonta a séculos passados e vinhos com tanta qualidade só poderiam mesmo ser apaixonantes...

Para quem não conhece, a região da Alsácia mudou de mão por diversas vezes no decorrer da História. Para se ter uma ideia, em 1600 ela passou das mãos do Sacro Império Romano Germânico para a França. Por volta de 1870 voltou para o domínio alemão. Na Primeira Guerra Mundial os franceses a tomaram de volta. Durante a Segunda Guerra, os alemães a anexaram  porém, com o final dos conflitos, ela voltou para a França. Ufa...

A família Hugel foi uma dessas famílias que superaram e triunfaram, independente do país a qual pertenciam, para nos deliciar com seus vinhos incríveis. A elaboração desses vinhos mostram que eles amam mesmo o que fazem , pois o fazem com muito cuidado; veja só: 

As propriedades da família Hugel estão, exclusivamente, em Riquewihr, sendo metade deles de vinhedos Grand Cru. As vinhas plantadas - 40% Gewürztraminer, 40% Riesling, 15% Pinot Gris, 5% Pinot Noir - possuem, em média, 30 anos de idade, com algumas superando os 70 anos. Além disso, a Hugel não usa fertilizantes e mantém um rendimento baixo. A colheita é toda feita à mão e as prensas só usam a força da gravidade. Depois do primeiro esmagamento, apenas a primeira porção do líquido é usada para os vinhos. Assim, a produção anual é, em média, de 110 mil caixas. Todos os vinhos envelhecem em garrafa (não em madeira) antes de irem para o mercado, seja por alguns meses, ou, em alguns casos, por até seis anos. Seus principais vinhos, o Jubilée, o Vendage Tardive e o Sélection de Grains Nobles só são produzidos em anos excepcionais com uvas de vinhedos Grand Cru pertencentes à família.

No evento da World Wine tive a oportunidade de degustar alguns rótulos. Vamos a eles:



Começamos com o Gentil 2010, que é elaborado com a assemblage de Gewürztraminer, Pinot Gris (Tokay) Sylvaner e Muscat. Vinho bastante aromático, com toques de flores, especiarias, um pouco de frutas brancas. Na boca mostrou equilíbrio e média persistência.

Em seguida fomos para o Riesling Jubilée 2005, que mostrou coloração amarelo palha com reflexos levemente dourados, aromas de flores, frutas e incríveis notas minerais. Na boca uma acidez elevadíssima e um final bastante persistente. 

O Pinot Noir 2009 mostrou leveza, frescor, acidez e riqueza nas notas aromáticas, com bastante flores e frutas vermelhas. 

Gewürztraminer Jubilée 2007 mostrou riqueza aromática, com bastante floral, frutas como lichia e  maracujá, assim como um toque de especiaria (uma pimenta branca, talvez?)

Eu já estava contente e feliz, quando de repente Etienne decide abrir a garrafa do Gewürztraminer Vendange Tardive 2001.


Esse vinho realmente superou as minhas expectativas. Mostrou-se riquíssimo em aromas de flores e frutas, assim como de especiarias, principalmente canela e gengibre. Um final prolongado e agradável... um vinho para beber de joelhos, meditando, sonhando, ... É Etienne, não é só você que é apaixonado por seus vinhos, não...

4 comentários:

  1. Delicioso post, Evelyn, da´vontade de sair correndo pra beber os vinhos que você descreveu ...

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  2. Nivaldo, vale muito a pena o investimento!
    Beijo

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  3. Recentemente escrevi sobre o Hugel no me blog.
    http://gustavinho.net/2011/09/11/vinho-da-alsacia/

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    1. Obrigada pela visita! Pode deixar que passarei por lá para ler!
      Beijo

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