segunda-feira, 30 de julho de 2012

Apaixonada por Amarone!

Sim, sou apaixonada por Amarone. Sempre que tenho a oportunidade de provar, lá estou eu com a taça nas mãos, implorando por um golinho...

Minha primeira experiência com Amarone foi com o produtor Allegrini. Confesso que foi a primeira experiência e a mais marcante afinal, outros Amarones cruzaram meu caminho, mas nenhum deles me fez suspirar como o primeiro, que foi tomado no Terraço Itália e harmonizado com a ópera Carmen, de Bizet, mais precisamente na passagem de Habanera.

A potência da música, com marcação acentuada e crescente, harmonizou perfeitamente com o vinho, que também tem essa característica de intensidade: bastante corpo, bastante álcool e muita personalidade. Um vinho forte, presente, marcante, assim como a ária.

Mas, nos últimos dias, em mais uma degustação às cegas para o guia, apareceu um Amarone que se equiparou a esse inesquecível... Foi o Amarone Capitel Monte Olmi, 2004, do produtor Tedeschi, trazido pela Vínea.


Para quem não conhece, o Amarone é vinho italiano, típico da região do Vêneto... Ora, quando pensamos no Vêneto, pensamos no Valpolicella, certo? Certo, para alguns... Eu só penso no Amarone...

Esse tipo de vinho é elaborado com as mesmas uvas do Valpolicella (Corvina, Molinara e Rondinella), mas a partir de um método diferenciado: As uvas são levadas para as cantinas, onde ficam penduradas durante um certo tempo. Com isso, elas perdem água, e concentram açúcares e aromas. O vinho, então, é elaborado. O resultado disso é um vinho encorpado, que traz, nos aromas, a impressão de que se beberá algo extremamente doce. Porém, na boca, percebe-se um vinho frutado, com notas tostadas, que caminham para um chocolate amargo, mostrando-se bastante seco. Um vini da meditazione, como diriam os italianos.

Vale a pena experimentar! Quem sabe você também não se apaixona...

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